Psicofarmacologia para Psicólogos
Detalhe/Condições de investimento
Fatura
Caso pretenda a emissão da fatura relativa aos pagamentos em nome de uma instituição/empresa deverá contactar-nos para o email fi@ispa.pt antes de realizar qualquer pagamento.
Os pagamentos nestas situações têm obrigatoriamente de ser realizados através de transferência bancária.
Possibilidade de fracionamento
No caso do pagamento fracionado as prestações devem ser liquidadas nos seguintes momentos:
- primeira prestação - no ato de inscrição.
- segunda prestação - até à data de início do curso.
- terceira prestação - até ao final do primeiro mês de formação
Nota: com o pagamento da primeira prestação e verificando-se a confirmação de realização do curso, entre os 9 e 3 dias antes da data de início, o aluno fica comprometido a liquidar o valor total do curso.
Atenção: Caso já tenha sito aluno do ISPA ou da Formação ISPA, utilize as credenciais anteriormente atribuídas.
É aceite o cancelamento da inscrição até 10 dias antes da data de início, sendo o participante reembolsado na íntegra (100%). Cancelamentos efetuados entre 9 e 4 dias da data de início do curso, inclusive, o participante será reembolsado em 50%. Não haverá lugar a reembolso para desistências até 3 dias antes do início do curso e após confirmação do mesmo.
Número máximo de inscrições - 20 vagas
Descrição
Portugal é o país europeu com maior consumo de ansiolíticos e antidepressivos, segundo dados do Programa Nacional para a Saúde Mental da Direção-Geral da Saúde (DGS), verificando-se um aumento do consumo ao longo dos três últimos anos. Em 2019, o relatório anual do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) alertava para o fato de que ‘os médicos estarem a receitar demasiados medicamentos para a saúde mental’.
Ao mesmo tempo, a banalização do uso de psicofármacos desvaloriza a eficácia das intervenções psicológicas em muitas situações clínicas, nomeadamente nas perturbações mentais comuns,
Este curso destina-se a psicólogos que desejem conhecer melhor o uso de psicofármacos em várias situações clínicas ao longo do ciclo de vida, as suas implicações para as provas de avaliação psicológica e compreender como prevenir problemas de automedicação e adesão terapêutica. Simultaneamente, pretende-se promover reflexão crítica sobre a banalização dos psicofármacos, o seu uso abusivo e o fenómeno de medicalização-psiquiatrização da existência humana.
Destinatários
Psicólogos.
Objetivos do curso
- Caracterizar os psicofármacos e o seu uso terapêutico ao longo do ciclo de vida;
- Identificar benefícios e custos dos psicofármacos em crianças e adolescentes;
- Identificar os impactos dos psicofármacos em provas de avaliação psicológica;
- Conhecer o que determina e como prevenir comportamentos de automedicação e de baixa adesão à terapêutica com psicofármacos;
- Identificar os determinantes dos comportamentos dos sujeitos com perturbações mentais em relação aos psicofármacos;
- Desenvolver atitudes críticas sobre a banalização dos psicofármacos, o seu uso abusivo e a medicalização-psiquiatrização da existência humana.
Percurso de aprendizagem
1.Introdução
História da Psicofarmacologia. Definição, caraterísticas, modelos de ação dos psicofármacos e classificações.
2. Grupos terapêuticos
- Ansiolíticos.
- Hipnóticos.
- Antidepressivos.
- Estabilizadores do humor.
- Antipsicóticos.
- Antidemenciais.
3. Psicofármacos e provas de avaliação psicológica
- Impactos dos psicofármacos na avaliação psicológica, na entrevista clínica e observação, nas provas projetivas e na avaliação de funções cognitivas.
- Efeitos dos psicofármacos com influência potencial nas provas de avaliação psicológica.
- Implicações específicas dos psicofármacos em diferentes provas de avaliação psicológica: Figura Complexa de Rey, Teste de Benton, Toulouse-Piéron, Escala de Memória de Weschsler e WAIS.
4. Psicofármacos e clínica infantil
- Objetivos do uso de psicofármacos na infância e adolescência.
- Especificidades do uso de psicofármacos em crianças e adolescentes.
- Psicofármacos em pedopsiquiatria. Situações clínicas na infância e adolescência em que se usam psicofármacos
5. Comportamentos de automedicação e problemas de adesão
- Automedicação: Conceito. Determinantes da automedicação com psicofármacos. Riscos.
- Problemas de adesão medicamentosa: Conceito. Determinantes da baixa adesão terapêutica. Riscos.
- Papel do psicólogo na intervenção com os utentes e/ou com os prescritores.
6. Relação do sujeito com experiência de perturbação mental com os psicofármacos
- Determinantes das atitudes e comportamentos dos sujeitos medicados: representações de senso comum, psicopatologia relação médico-doente, influências familiares e sociais.
- Casos específicos: sujeitos ansiosos, fóbicos, obsessivos, histriónicos, esquizofrénicos, bipolares e hipocondríacos.
7. Questões críticas no uso de psicofármacos
- Consumo excessivo de psicofármacos em Portugal. Determinantes da banalização dos psicofármacos. Uso alargado e abusivo de psicofármacos.
- Processos de disease mongering e psicofármacos: Conceito e processos. Estratégias de intervenção contra o disease mongering.
- Medicalização/psiquiatrização: Conceito e contexto científico e antropológico. Consequências. Como lutar contra a medicalização da existência.
Estratégia pedagógica
Recurso aos métodos expositivo, ativo e de caso.
Equipa pedagógica
Coordenação
José A. Carvalho Teixeira
Psiquiatra. Psicoterapeuta existencial (SPPE). Professor aposentado de psicopatologia e psicologia da saúde do ISPA-Instituto Universitário. Ex-diretor do ISPA-Formação Avançada. Formador na área do comportamento e saúde.
Docentes
José A. Carvalho Teixeira
Psiquiatra. Psicoterapeuta existencial (SPPE). Professor aposentado de psicopatologia e psicologia da saúde do ISPA-Instituto Universitário. Ex-diretor do ISPA-Formação Avançada. Formador na área do comportamento e saúde.
Nélia Rebelo da Silva
Psicóloga especialista em Psicologia Clínica e da Saúde. Mestre em Psicoterapias e Psicologia da Saúde (Faculdade de Psicologia, UL). Coordenadora da Unidade de Psicologia Clínica do Centro Hospitalar Lisboa Central.
Isabel Trindade
Psicóloga especialista em Psicologia Clínica e da Saúde. Pós-graduada em Psicoterapias e Psicologia da Saúde (Faculdade de Psicologia, UL). Ex-vice-presidente da Ordem dos Psicólogos Portugueses. Formadora na área do comportamento, saúde e doenças.
Neide Urbano
Pedopsiquiatra. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central.
Ana Lourenço Barata
Pedopsiquiatra.
Certificado e Acreditação
Certificado
O Certificado de Participação é atribuído aos formandos que não pretendam ser sujeitos à avaliação das aprendizagens.
O Certificado de Formação é atribuído aos formandos que realizam a avaliação das aprendizagens com aproveitamento.
Em ambos os casos, a assiduidade tem de ser igual ou superior a 90% da carga horária total.
Acreditação pela Ordem dos Psicólogos
A obtenção dos créditos (13,5) na especialidade geral de Psicologia Clínica e da Saúde atribuídos pela Ordem dos Psicólogos Portugueses é exclusiva aos psicólogos inscritos na OPP (membros efetivos e estagiários) e requer aproveitamento na avaliação das aprendizagens.
A Formação Ispa observará o previsto na lei de proteção de dados pessoais (Regulamento 2016/679 do Parlamento Europeu de 26 de abril de 2016, com execução assegurada pela Lei n.º 58/2019, de 8 de agosto).
Requisitos técnicos
Os candidatos à frequência deste curso devem reunir os seguintes requisitos:
- Ter acesso a um computador / telemóvel / tablet com ligação à Internet e um browser (programa para navegar na web), como o Chrome, Microsoft Edge, Firefox ou Safari;
- Aplicação Zoom;
- Ter conhecimentos de informática na ótica do utilizador.
Atenção: Caso já tenha sito aluno do ISPA ou da Formação ISPA, utilize as credenciais anteriormente atribuídas.